se me ilumina a alma
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Abre-se a noite em dia
se me ilumina a alma
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Amar e andar apaixonado
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Rio de amor a desaguar em mar de poesia
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
A quem devo perguntar?
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
A angústia maior é a Lua
sábado, 24 de outubro de 2015
O universo tem tamanho e forma de verso
sábado, 3 de outubro de 2015
Ar a voar pelos ares
Ar a voar pelos ares
É ar a voar pelos ares
o vento
É sopro que atiça o fogo
É instrumento de sopro
a tocar
pulmão do talento
de soprano a cantar
perfume a tear o lume da paixão
É ave
de asas
a adejar
É pensamento
o vento
a soprar por nós a dentro
É pé de povo revoltado
É balão insuflado de vaidade
até rebentar
É odre podre a peidar
É fole a soprar
sem ter nada dentro
É verdade
o vento
a varrer o lixo prolixo
das ruas do nosso viver
É nuvem de lágrimas
à procura de regaço
onde se verter
É respirar ofegante
de quem quer vencer
É ar a voar pelos ares
É ar em movimento
o vento
Vale de Salgueiro, sábado, 24 de
Janeiro de 2009
Henrique António Pedro
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Poema para uma poetisa de Entre Douro e Minho
Pergunta-me qual o
caminho da felicidade
uma poetisa amiga
de Entre Douro e
Minho
É o da poesia
deixe-me que lhe
diga
já que nos leva a
toda a parte
sem nos levar a lado
nenhum
ainda que seja certo
que a algum lado nos leva
A felicidade não
exista em nenhum outro espaço
que não seja no
regaço de nossa mãe
e quiçá
no Além
embora cada um
tenha a sua própria convicção
de que será feliz um dia
sem condição
num qualquer lugar
Poesia que é uma emanação
do amor
que existe em todo o
lado
Por isso o insulto e
a cobardia
jamais serão poesia
porque apenas geram
dor
E a palavra obscena
que mina
e contamina
a amizade
nunca será poesia nem
verdade
tão pouco dilema
antes obscenidade
Aqui por Entre Douro
e Minho
está demarcado o
espaço
traçado o destino
de quem como nós ouve
dentro de si
a voz desse
telurismo maior que é a poesia
manancial de
felicidade
Vale de Salgueiro, sábado,
6 de Março de 2010
Henrique António Pedro
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Andam aviões a lavrar o ar
Andam aviões a lavrar o ar
A
semear ilusões
e
ventos
no
ar
ruidosos
raiventos
andam
aviões a lavrar o ar
sem parar
A
rasgar montanhas de nuvens
estradas
de fumo
de rumo
rectilíneo
a
tecer no céu o véu da ubiquidade
É a
Humanidade a dançar
sobre
a terra e sobre o mar
a
dança contradança
da
verdade
Viagens
de paz
ou
de guerra
tanto
faz
Quem
sabe aonde tudo isto irá parar?
Vale de Salgueiro, sábado, 14 de agosto de 2015
Henrique António Pedro
sábado, 18 de julho de 2015
Toda a poesia que sinto e não escrevo
não porque não quero
Que não escrevo porque não sou capaz
terça-feira, 9 de junho de 2015
Assistindo ao pôr-do-sol pousado num fio de telefone
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Moro no infinito. Existo na eternidade
domingo, 19 de abril de 2015
Por não ter tempo a perder a pensar
(in Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016))
Por não ter tempo a perder
a pensar
Tempo para me demorar
a ir
e a vir
do coração ao mundo
da razão ao cosmos
de mim à eternidade
Tempo para me perder no dia-a-dia
em tecnologia
em cálculos
em tramas
em enredos judiciais
Nos livros de contabilidade
nas páginas dos jornais
e em tudo o mais
Os meus poemas são atalhos
curto circuitos
auto-estradas mentais
entre mim e a verdade
pendente
Por não ter tempo a perder
a pensar
escrevo poesia
para prontamente
lá chegar
Vale de Salgueiro, terça-feira,
8 de Setembro de 2009
Henrique António Pedro
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Maravilhado ando eu com o Amor
Maravilhado
ando eu
com o Amor
Mais do que com o Sol ou a Lua
as estrelas
o Céu
a Terra
o mar
o trovão
as aves e os aviões
que voam nos ares
e atolam a Razão
O Amor
esse
transborda o coração
e extravasa a mente
É mais do que a gente sente
A mais generosa dádiva do
Criador
O prodígio maior da Criação
Vale
de Salgueiro, segunda-feira, 4 de Outubro de 2010
Henrique
António Pedro
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Eu sabia que um qualquer dia
Eu sabia que um qualquer dia
Eu
sabia
que um
qualquer dia
havia
de lá tornar
Era o
coração que mo dizia
E que
ao lá voltar
tornava
a muitos mais lugares
separados
no tempo
espalhados
mas ligados
no
mesmo fio de sentimento
numa estranha
conexão
que só
mais tarde compreendi
Só não
sabia
que
seria
assim tão
de repente
sem razão
visível
nem causa
aparente
e que
sentiria o que senti
Só não
sabia
que
encontraria
tudo
assim tão diferente
tantos
espaços desertos
tanta
gente ausente
tantos
silêncios abertos
Fiquei
por isso parado
calado
no
doce prazer de sofrer
a
recordar
tomado
de nostalgia
Daquela
galega morrinha
que ainda
agora
agorinha
me não
mata
mas me
mói
Doer
de
verdade
dói a
saudade
Vale de Salgueiro, terça-feira, 7 de Setembro de
2010
Henrique António Pedro
in Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016)
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Sonho e sinto saudade
sábado, 31 de janeiro de 2015
Poesia que sinto e não escrevo
não quero
ou não sou capaz