Eu sabia que um qualquer dia
Eu
sabia
que um
qualquer dia
havia
de lá tornar
Era o
coração que mo dizia
E que
ao lá voltar
tornava
a muitos mais lugares
separados
no tempo
espalhados
mas ligados
no
mesmo fio de sentimento
numa estranha
conexão
que só
mais tarde compreendi
Só não
sabia
que
seria
assim tão
de repente
sem razão
visível
nem causa
aparente
e que
sentiria o que senti
Só não
sabia
que
encontraria
tudo
assim tão diferente
tantos
espaços desertos
tanta
gente ausente
tantos
silêncios abertos
Fiquei
por isso parado
calado
no
doce prazer de sofrer
a
recordar
tomado
de nostalgia
Daquela
galega morrinha
que ainda
agora
agorinha
me não
mata
mas me
mói
Doer
de
verdade
dói a
saudade
Vale de Salgueiro, terça-feira, 7 de Setembro de
2010
Henrique António Pedro
in Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016)
parabéns
ResponderEliminarEstimado Amigo e Ilustre Poeta Henrique Pedro, Li e reli seu maravilhoso poema adorei, me revi em suas belas e profundas palavras. Volvido que e já meio século, voltei a encontrar aquela que foi o meu primeiro amor, triste fiquei, mas a vida continua. A encontrei não pessoalmente, mas sim no facebook. Abraço amigo de terras do Siao
ResponderEliminarSaudades de ler os seus textos. abraço green
ResponderEliminarMuito bem! Gostei.
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