Eis-me
aqui!
Ninguém
me disse para o que vinha
nem
se alguém estaria à minha espera
Ninguém
me perguntou quem eu era
que
país
que
cor
que
língua eu escolhia
em
que mares eu queria navegar
em
que ares desejaria voar
Terra
deram-me
Terra
e
mais Terra
Céu
e mais Céu
para
ser eu a desbravar
Nenhuma
explicação me foi dada
Porém
alguém
me abriu com amor a consciência
e
eu por mim deduzi
também
que
ideia sem afecto é fraco tecto
é má
ciência
Alguém
que me pôs luz no coração
sublime
opção de Redenção
Foi
Cristo que me disse para onde vou
e como
irei terminar
por
isso entendo eu
ser
legitimo acreditar
que
não irei morrer
pelo
que a minha opção
só
pode ser
viver
e amar
Vale
de Salgueiro, sexta-feira, 6 de Agosto de 2010
Henrique
António Pedro