terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Tão felizes que nós éramos!
domingo, 27 de janeiro de 2013
Uma curva do caminho
sábado, 26 de janeiro de 2013
Vejo-me nos seus olhos
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Uma mulher apaixonada
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Sons
seja de areia ou de água
acerta a vida
nada diz da mágoa
O som do diapasão
afina o tom
do violão
O sinal do sino
convida à oração
O longo ecoar do gongo
mais parece um lamento
a toar o tempo
O rugido de leão
na savana
a ninguém engana
O barrido do elefante
que raspa o chão
tonitruante
dizem ser parecido
com o som da vuvuzela
e que não há outro como o dela
Deixa um zunido
enorme
no ouvido
causa dor
e faz toar a Razão
Mas não faz esquecer
a fome
seja de falta de amor
ou de pão
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Trago um sentimento ágrafo agrafado no peito
atravessado
a mim mesmo me espanta
domingo, 20 de janeiro de 2013
Uma chávena de angústia
Entrou
de mansinho
surgida
da rua
vestida
de lua
e
sentou-se na mesa ao lado da minha
vida
Pediu
uma chávena de porcelana
imaculada
vazia
de nada
Que
encheu de angústia
adoçou
com amargura
e mexeu
com a colher da poesia
por
entre vapores de Baco
e baforadas de tabaco
Despediu-se sem alegria
quando eu já bebia
de pé
a
minha chávena de café
e de ansiedade
Remexeu
comigo
aquela mulher
Tanto
que a impressão carmim
dos
seus lábios
rubros
de sensualidade
no
bordo da chávena de porcelana
imaculada
permanece
indelével
dentro
de mim
in
Mulheres de Amor Inventadas
(1.ª
Edição, Outubro de 2013)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
A samarra transmontana
sábado, 12 de janeiro de 2013
É sempre de si que o poeta fala
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Abro a janela da alma e ponho-me a gritar
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Éter e eternidade
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
É a poesia que me desperta
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Melhor é amar sem dar pelo tempo passar
domingo, 30 de dezembro de 2012
A minha ambição maior
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Quando a Língua floresce em palavras
Quando a Língua floresce em palavras
dá frutos que são poemas
Muitas vezes envoltos em mil dilemas
em desejos que assomam à flor da pele
em suores frios de angústias e medos
que enquistam em penedos
obscenos
na Razão
e se transformam em instrumentos
de opressão
Mas eu quero que a minha poesia
seja libertária
de libertação
Que seja poesia de amor e de alegria
que floresça na serra como a urze
Que enfeite os campos como a candelária
e rasgue com luz
a escuridão
domingo, 23 de dezembro de 2012
A vida é o que é
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
A minha proposta de Amor é amar
domingo, 16 de dezembro de 2012
Instantes que se distendem em Eternidade
Surge leve
graciosa
como uma rosa
que breve acaba de despertar
Traz os pulmões perfumados
da doce fragrância da tília
agora florida em flor doirada
e o hálito fresco
mentolado de madrugada
Sorri-me
alegre e sensual como a romã
que ao sol se abre pela manhã
Não resisto à tentação de a beijar
mesmo à frente de toda a gente
Envolve-nos o etéreo halo do amor
é o seu perfume que inalo
como se fora uma flor de verdade
O meu cérebro reage
ao teu encanto corporal
e a alma não fica indiferente
a tanta beleza e suavidade
Logo ao primeiro beijo
ao terno abraço do desejo
alcançamos a espiritualidade
O equilíbrio natural
em que os corpos se prologam pelo espírito
e os instantes se distendem
em Eternidade
^^
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Ouço as suas mãos a bater no teclado
Se forçoso continua a ser
a vida nos separar
suposto seria não sofrer
e nem sentir saudade
tantos são os meios de comunicar
de distrair
quiçá
olvidar
Ouço suas mãos a bater no teclado
apressadas
do outro lado do mar
e fico quedo
calado
com as minhas paralisadas
por não as poder a delas acariciar
Ouço a sua voz com efeito estereofónico
e fico afónico
de saudade
Vejo a sua imagem
com resolução ímpar
e agrava-se a saudade
por não a poder tocar
Respiro fundo
não sinto o seu perfume
arde em mim o lume
da saudade
Desejo o seu abraço
noto que o espaço da separação
continua a ter a mesma dimensão
^^
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
O sentido maior da vida é a alegria
Sinto que toda a dor me é exterior
e que a alegria me é interior
Por isso procuro uma alegria maior
que todas as pequenas alegrias
do dia-a-dia
Uma alegria sem igual
a alegria espiritual
Que definitivamente me ilumine a mente
me alegre o coração
e me anime o corpo
Uma alegria que sopre um sopro de felicidade
um vento forte de verdade
sobre o mundo em redor
Sinto que o sentido maior da vida
é a alegria
Não o prazer
o sofrer
a sorte
a morte
ou a louca idolatria
^^
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Mataram o Marão
A bem da Nação
mataram o Marão
Já lhe haviam retalhado a pele
furam-lhe agora o coração
Oh que futuro cruel!
Para lá do Marão
já demandam os que lá estão
Trás-os-Montes já não é o que era
uma nova era se espera
Melhor será?
Quiçá?
A bem da Nação
mataram o Marão
sem compaixão
morte que o progresso outorga
Teme e treme a Natureza
o Reino Maravilhoso de Torga
em seu esplendor e beleza
freme a pátria de Pascoais
o Douro de Garret e Junqueiro
acama
Enublam-se os luares de Janeiro
os amores de Trindade
entristecem
as almas esmorecem
o culto da verdade
perde a chama
Fenecem Terra Quente e Montanha
oh que saudade
que revolta tamanha!
A bem da Nação
mataram o Marão
A sua lenda não matarão
não!
Jamais!
^^
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Refugio-me no infinito
Levantavam-se brisas
mansinhas
de enamoramento
quando o sol se punha no horizonte
bem defronte do nosso olhar
Sopros de pensamento
que despetalavam as flores
e tudo perfumavam
em redor
Sopros de amor
ao sol por
que nos desnudavam as almas
e acalentavam calmas paixões
em nossos corações
Sopros de desejos
contidos
irradiados dos olhos
exsudados das mãos
dadas
e dos lábios floridos
em beijos
Hoje
só vejo fragas, giestas, abrolhos
seja a que hora for
Só
e sem ti
no mesmo sítio
desde o nascer ao sol por
refugio-me no infinito
^^
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Silêncio de amoroso comprometimento
Dava para ouvir o vento
e o mar
os corações a bater
em silêncio de amoroso comprometimento
Eram o vento
o mar
os corações já abraçados
a dizer
«amar, amar, amar…»
E nós embaraçados
a sussurrar
baixinho
tão baixinho
que se ouviam os olhos
a gritar:
«Amooo-te»
Mas nós não sabíamos quem
quando
e como
começar
Como desatar
aquele doce silêncio de amoroso comprometimento
^^