sexta-feira, 12 de abril de 2013
A minha aposta é inundar o mundo de poesia
A minha
aposta é inundar o mundo
de
poesia
Colher
poemas na natureza
e na
vida
e
lançá-los nos ares
com a
devida leveza
para
que as aves
as rádios
e os jornais
as televisões
e as redes sociais
os
semeiem nos corações
e a
poesia se torne
no
motor das multidões
Para
que a ninguém falte a paz
nem o
pão
no dia
a dia
e
sempre sinta alegria
em seu
coração
Para que
a angústia de sofrer
se
dilua em melodia
e o
desassossego
seja só
o enlevo
de viver
E para
que assim
a
poesia se cumpra
por
fim
como
augúrio
da
nova humana condição
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Luar
Passo um braço pelos teus
ombros
com doçura
e tu abraças-me pela
cintura
Assim abraçados
e para Sul voltados
as nossas silhuetas recortam-se
no luar
sob a abóbada celeste azul
brilhante
ponteada de estrelas
em incessante bruxulear
Dizes-me que gostarias
de viajar
até à estrela mais
distante
a mim assim abraçada
e perguntas-me em que
penso eu
Penso numa estrela mais
próxima
cujo coração sinto
cintilar
aqui
penso em ti
respondo
inebriado de paixão
A noite ilumina-se com
o teu sorriso
abraçamo-nos ainda mais
forte
voltados agora um para
o outro
cada um para o seu
norte
recortando o nosso amor
no luar
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Aqui tão perto de nós, o Além
A vida
não é o momento em
que vivemos
começa antes de
nascermos
e vai mais além
Mas não é além
no horizonte
o Além
É já ali
numa avenida da vida
na angústia perdida
aqui
além
ao virar da esquina
da ilusão
A norte da morte
a sul da saudade
oriente da esperança
poente da ambição
dança e contradança
do coração
Viver e morrer
é destino de toda a
gente
infortúnio e
felicidade
mentira e verdade
inexoravelmente
Todos para lá vamos
ninguém de lá vem
do Além
velhos ou novos
trôpegos
sôfregos
mais velozes que
qualquer avião
Vale de Salgueiro,
terça-feira, 9 de Fevereiro de 2010
Henrique António Pedro
sexta-feira, 5 de abril de 2013
AQUI…
Aqui, cume do monte
dominante
De um reticulado
curvilíneo
De colinas moldadas no
fascínio
Da alma do poeta
diletante
Aqui, nasceu, em mim,
a poesia
Pela magia do
amanhecer
Com reflexos de fé e
bonomia
Que também brilham ao
entardecer
Aqui, sempre me quedo,
radiante
À hora que o Sol se
põe, sanguíneo
Por detrás do
horizonte distante
Aqui, face ao Mundo a sofrer
Ao Senhor dos Aflitos eu
pedia
Não deixasse, Ele, de
lhe valer…
Vale
de Salgueiro, domingo, 10 de Agosto de 2008
Capelinha
do Senhor dos Aflitos (Alto da Serrinha)
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Vivo ameaçado de morte
A vida não passa
de permanente ameaça
de morte
Tenho medo!
Sinto-me perseguido
angustiado
Esperava melhor sorte
Sou forçado a viver
condenado a morrer
Procuro
por isso
um lugar seguro
no Universo
longe ou perto
onde me possa esconder
e refugiar
Para lá me libertar
poder livremente viver
e amar
sem sofrer
E sem ter que pagar
o preço de perecer
terça-feira, 2 de abril de 2013
A uma poetisa sublime
Maior é
o meu enamoramento
agora
que se cumpre mais um ano
deste fastidioso
afastamento
Componho
um ramo de versos perfumados
colhidos
no âmago do meu jardim
e floridos
em rimas de ternura
que
enfeito de mil beijos e desejos
aspergidos
com o viço das rosas
e a candura
do jasmim
O mesmo
mágico perfume
com que
me incensavas
e me enfeitiçavas
tu
a mim
A que junto
um cartão de oiro debruado
alvo como
pétala de açucena
completamente
virgem e branco
para
que sejas tu
com o
teu génio e encanto
a
gravar nele o teu melhor poema
que eu
sei
fala
do teu
amor
por mim
Ramo
que ato
com forte
e terno abraço
e
remato
com o esplendoroso
laço da amizade
selado
com o selo da verdade
E que
remeto
pela
via da saudade
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