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sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A minha alma


Não é branca

ou negra

etérea

transparente

ou sequer vaporosa

a minha alma tal qual a sinto

 

É uma luz interior

cor-de-rosa

 

Um vórtice de amor dentro do meu ser que anseia tudo abraçar em redor

ao som de uma cósmica orquestra sinfónica

 

Uma vontade de congraçar a Terra inteira

o Céu

Estrelas e Galáxias

o Universo todo

e tudo devolver à vida

em explosão cósmica de amor e verdade

 

A minha alma tal qual a sinto e pressinto

mas não vejo

é um sopro de pensamento

um novelo emaranhado de afectos e pensamentos

um lampejo de eternidade

 

É uma radiação no cérebro que afago com a mão

 o pulsar do meu coração

 

A minha alma tal qual a sinto sou eu e são os meus eus

sem corpo

feitos vento

a voar

para Deus

universo adentro

 

Vale de Salgueiro, quinta-feira, 16 de Abril de 2009

Henrique António Pedro



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