Humilde
poeta confesso
sempre
falo de mim na poesia que escrevo
por
não saber guardar segredo
Mesmo
quando de mim nada digo
porque
de mim nada sei
Mas
mais de mim digo naquilo que de mim escondo
sem
querer
do
que naquilo que de mim tento não dizer
ou no
que a mim mesmo escondo
sem
saber
Mas
quem me souber ler com perspicácia
vencerá
a minha audácia em me esconder
e
mais do que eu mesmo
de
mim mais ficará a saber
De
mim próprio apenas sei
confesso
que
não sou não o poeta que penso
mas o poeta professo que ainda assim
gostaria
de ser
Vale
de Salgueiro, quinta-feira, 9 de Outubro de 2008
Henrique
António Pedro
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