Erram
descalços
e seminus
na
pré-história do futuro
Ao
frio, à chuva e ao vento
por
vales e montanhas
sem
sossego nem assento
De
luzinha na mão
seguindo
o rumo do coração
A espevitar
o fogo
com os poemas
que acabaram de descobrir
não vá a
chama do amor
se
extinguir
É a
tribo dos poetas
atletas
do devir
que não
enche estádios
não
ocupa as cadeiras do poder
não
comanda exércitos
nem
dirige as finanças públicas
mas que
um dia
tudo
irá subverter
com
verdade
e
acabar com a guerra
Porque
só o amor feito poesia
poderá
impor a justiça e a harmonia
no seio
da Humanidade
e
salvar a Terra