domingo, 4 de março de 2018
Minha Pátria Montanha
quinta-feira, 1 de março de 2018
Das terras de Trás-os-Montes apartou Deus o mar
Das
terras de Trás-os-Montes apartou Deus o mar
para
que transmontano soubesse
que
coisa é emigrar
e
do lado de cá aprendesse
a
força da palavra amar
e
do lado de lá sentisse
que
sabor tem ter saudade
Das terras de Trás-os-Montes apartou Deus o
mar
um oceano de granito e xisto
deixou em seu lugar
para que transmontano aprendesse
que coisa é labutar
Das terras de Trás-os-Montes apartou Deus o
mar
férteis veigas de húmus
deixou em seu lugar
para que transmontano aprendesse
a colher e a semear
Em terras de Trás-os-Montes
na parte mais altaneira
criou Deus a Montanha
com semente de castanha
E na parte mais ribeira
plantou a Terra Quente
com ramos de oliveira
trazidos do Oriente
in “Minha Mátria Terra Quente” (1.ª Edição
Abril 2005)
Henrique António Pedro
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Quereria morrer e ressuscitar
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Amar é um contra-senso ao que penso
Amar
é um sonho
risonho
é
sonhar
a
sorrir
É
voltar a ser criança
sem
querer
É
uma contradança
É
ter a vida reservada
por
tudo e por nada
É andar
na lua pela rua
É sentir-se
livre estando preso
É viver
na ingenuidade
mas
usar de malícias
nas
delícias
de
amor
fazer
É
falar verdade
e
mentir
a
sorrir
É
sofrer por prazer
Amar
é contrário à razão
e
faz mal ao coração
É
um contra-senso
ao
que penso
Vale
de Salgueiro, sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009
Henrique
António Pedro
domingo, 11 de fevereiro de 2018
Por alma de quem lá tem…
sábado, 10 de fevereiro de 2018
Um amor sem rosto
Não lhe conheço o rosto
nem a cor
apenas a voz
mas tenho-lhe amor
Disfarça a face
nas imagens em que se
abre
e se fecha
em segredo
E quanto mais se cala
mais a sua fala me
exaspera
mais dolorosa se torna a
espera
e mais me envolvo com miragens
sonhos súcubos em que
me enredo
Será que tem alma?
Que é de seu o corpo?
Alma tem
que lhe pressinto o
sopro
corpo não sei
que ainda o não amei
Será que lhe quero bem
e a não conheço
só porque a não mereço?
Amar assim em segredo
uma mulher sem rosto
ao sabor da fantasia
não dá gosto só
desgosto
Mete medo
Vale de Salgueiro, quinta-feira,
22 de Outubro de 2009
Henrique António Pedro





