Quando
o coração arde de amor sem se consumir
aquece
sem queimar
e ilumina
sem ofuscar
A
mente dispensa a matemática
para
bem contar
a
poesia não precisa de gramática
tão
pouco de rimar
os
olhos não carecem de luz para ver
à
boca não falta o pão para comer
e
matar a fome
nenhuma
tristeza nos consome
a
paz não requere guerra para se afirmar
ninguém
tem que matar para sobreviver
Quando
o coração arde de amor
sem
se consumir
jamais
a paixão será ilusão
nada
na vida é para esquecer
tudo
é para recordar
Vale de Salgueiro, quarta-feira, 5 de Maio de 2010
Henrique António Pedro