Há
quadros dependurados
inclinados
no
mural da minha memória
Que
me apraz deixar assim
empoados
contrastando
com as colunas jónicas
que
alicerçam a lembrança
São
eventos suspensos no tempo
efeméride
efémeras
Quimeras
de
que já nada se espera
Amores
que se diluíram em dor
até
se esquecer
Afectos
pendentes
para
sempre
a
fazer-me lembrar que a história
se
não faz de memória
mas
de esquecimento
Esquecer
não é apagar da recordação
é
varrer do coração
Anamnese
é a exegese
de
uma paixão
Vale de Salgueiro, sábado, 11 de Agosto de 2012
Henrique António Pedro
NOTA : Publicado posteriormente no livro de poemas Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016)
Depósito legal: 404160/16
ISBN: 978-989-97577-52
Bom dia Henrique Pedro!
ResponderEliminarExcelente poema, porém muito triste, onde só a recordação persiste. Um quadro, uma uma casa vazia, e uma cama fria.
"Esquecer não é apagar da recordação"
Espero que seja só um poema.
Abraço,
José.
Esquecer não é apagar da recordação
ResponderEliminaré varrer do coração
GOSTEI!!!
E PARECENDO QUE NÃO...
É MAIS FÁCIL VARRER DO CORAÇÃO!!!
DO QUE APAGAR DA MEMÓRIA QUE, PRECISTE.... ENQUANTO O TINO EXISTE!!!
LÍDIA
A intensidade dos versos, a forma nostalgica
ResponderEliminarcomo bordas as palavras, segreda-nos
um coração aberto para um amor transcendente.
Gosto de ler-te, poeta e amigo,
Beijo poético