Sempre que ela
comigo
e eu com ela
me cruzava
A silenciosa
sedução da sua formosura
a sua feminina
graciosidade
eram promessas de
inexcedível amante
de arrepiar
Inicialmente
parecia ser por
acaso
que nos encontrávamos
mas passaria a
ser de propósito
quando uma
molécula do seu perfume me tocou
e um raio de luz
de piedade do meu olhar
a penetrou
Porque percebi um
pedido de socorro
silencioso
angustiado
na tristeza
fascinante
do seu olhar de mulher
sofrida
mal amada
embora tudo
tivesse de sobra
para ser idolatrada
Mas também era
uma mulher apaixonada
amarrada à ideia
de lealdade
embora fosse repudiada
Acabámos a dar e a
soltar
as mãos
a falar com
verdade
como se fôramos irmãos
Passou a ser mais
apreciada
e prosseguiu
apaixonada
Restou uma eterna
doce
e cúmplice amizade
Sem comentários:
Enviar um comentário