Meus
poemas são como pardais
fazem o
ninho nos beirais
de
qualquer jeito
A
nenhum enjeito
mas há
os que prefiro esconder
Outros
que me apetecer dar a ler
com
sofreguidão
mal
acabo de os escrever
Mas
também há os que saem porta fora
sem sequer
de dizer adeus
para
não mais voltar
São
poemas cruéis
desalmados
triunfantes
que
partem sem dizer para aonde vão
e me partem
o coração
como
amantes
infiéis
Desses
apenas fica uma ferida
na
minha poesia sofrida
E há os
que timidamente largam o ninho
como
pardais em seu primeiro voo
e
depois que aprendem a voar
voam livres
mas
continuam sempre a cirandar
por
perto
no meu
afecto
Mas há
ainda mais
os que
me abandonam sorridentes
plenos
de confiança
votados
a gozar a vida
esbanjando
todo o talento herdado
mas
acabam por voltar
tristes
envergonhados
qual
filho pródigo
caído
no opróbrio
A
todos abro a porta
dou
guarida
e
recebo no coração
mas
aqueles que guardo escondidos
sãos
os meus preferidos
de que
dificilmente
abrirei
mão
Boa noite querido amigo Henrique Pedro, é sempre um prazer lê-lo, desejo-lhe muito sucesso e que Deus continue a dar-lhe inspiração, para nos contemplar com belas poesias que são pedras preciosas... Linda e serena noite, que Deus lhe multiplique os dias e continue a abençoá-lo sempre. Abraço carinhoso Alice Barros
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