Era pura paixão
que me animava
Um incenso sagrado
Um fumo perfumado
que subia vertical
e nenhum vento
nenhum sopro de mal
dispersava
Ardia-me o coração por
dentro
pulsava como brasa
incandescente
atiçada pelo sopro do amor
ardor em corpo ardente
Até que o seu coração
deixou de me espevitar
e o meu arrefeceu
deixou de me espevitar
e o meu arrefeceu
Ficou então
o carvão da tristeza
a cinza da saudade
E um fumo acidulado
dissipando-se
ondulante
em resignado vai e vem
sobre a terra queimada
pela paixão
Uma terra de ninguém
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