Uso este espelho parabólico
que é a poesia
para melhor me ver
e me mostrar
com fantasia
Para me aproximar
ampliar
distorcer
em esgares de
estarrecer
Para me fixar nos olhos
e pelo olhar
tentar entrar por mim
adentro
Para bafejar o vidro da vida
com vapores de poesia
e deixar que as gotas
condensadas
que poderão ser
lágrimas
rimas
estimas
estigmas
poemas
dilemas
pingos de sangue do
coração
escorram
deslizem lentas
até me caírem na mão
Quando não sou eu
próprio
com um dedo
a traçar no vapor
sulcos leves
livremente
percursos de sonho
e de amor
Boa noite! Acabo de compartilhar ok...Beleza seus poemas...😘
ResponderEliminarObrigado Maria Jocely pela sua visita e generosas palavras. Abraço.
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