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segunda-feira, 3 de março de 2014

Meus poemas, minhas crias




Os meus poemas
são criaturas minhas
são as minhas crias

Que concebo e crio
por puro acto de criação
para minha recriação

Sem interferência de nada
nem de ninguém

Apenas na faculdade de criar
que o Criador
me deu
ainda que sempre as crie
para alguém

São crias vivas
aladas
feitas de ideias
de afectos
e de nadas

Que liberto ao vento
para que vivam no tempo
que é lá
que devem morar

Os meus poemas
são criaturas minhas
são de toda a gente

e de mais ninguém

2 comentários:

  1. NÃO DEIXA DE SER UMA BELA COMPARAÇÃO A DE ANA BAILUNE!

    E ALGUNS SERÃO, NÃO DIREI DESTE AUTOR QUE TANTOS FILHOS JÁ PARIU, MAS DE OUSADOS CALOIROS, AINDA SEM SABEREM O TEMPO DE GESTAÇÃO DO FILHO QUE ESTÁ CRESCENDO NO ÚTERO DA SENSIBILIDADE!

    E QUANDO ÀS PRESSAS RECORREM À CESARIANA, SENDO NA INCUBADORA QUE TENTAM RECUPERAR E MUITAS VEZES NÃO CONSEGUEM EVITAR A DEFORMAÇÃO, OU MESMO A MORTE DO POEMA!

    OBRIGADO, AGORA OUTRA VEZ AMIGO, HENRIQUE PEDRO, PELO PRIMEIRO QUE LI!

    ESTÁ SÃO E ESCORREITO, QUE FAÇA O PERCURSO DE VIDA SEM ENTRAVES

    ABRAÇO!!!

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