Desloco-me
pelo mundo
deixando
mil marcas deléveis
por onde
passo
O rastro
dos meus sapatos
a assinatura
térmica do meu espectro infravermelho
as sombras
que projecto em superfícies opacas
os reflexos
em superfícies espelhadas
os
sulcos no solo em que ajoelho e me ergo
O suor
o sangue
o sémen
o pranto
outros
humores e fluxos fisiológicos
e os
demais sais minerais
ruídos
gritos
sorrisos
suspiros
e “ais”
Mais as
indeléveis mensagens de amor
nos
poemas que escrevo
nas
árvores que planto
no calor
humano que dispenso
Sonhos e
enganos que me marcam a alma
Desloco-me
apenas em parte do Planeta
área
ínfima do Cosmos
mas
deambulo por todo o Universo
sempre
que viajo por mim adentro
tentando
alinhar um verso
Estes são
os meus sinais
Henrique,que poema maravilhoso!
ResponderEliminarEle demonstra a Vida que há no ser humano.
Amei!