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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Estes são os meus sinais



Desloco-me pelo mundo
deixando mil marcas deléveis
por onde passo

O rastro dos meus sapatos
a assinatura  térmica do meu espectro infravermelho
as sombras que projecto em superfícies opacas
os reflexos em superfícies espelhadas
os sulcos no solo em que ajoelho e me ergo

O suor
o sangue
o sémen
o pranto
outros humores e fluxos fisiológicos
e os demais sais minerais
ruídos
gritos
sorrisos
suspiros
e “ais”

Mais as indeléveis mensagens de amor
nos poemas que escrevo
nas árvores que planto
no calor humano que dispenso

Sonhos e enganos que me marcam a alma

Desloco-me apenas em parte do Planeta
área ínfima do Cosmos
mas deambulo por todo o Universo
sempre que viajo por mim adentro
tentando alinhar um verso

Estes são os meus sinais



1 comentário:

  1. Henrique,que poema maravilhoso!
    Ele demonstra a Vida que há no ser humano.
    Amei!

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