Inverno
Inferno frio
acinzentado
Céu coroado de nuvens
que me fazem refém
do silêncio denso
pesado
compassado
que se instala por mim a dentro
Frio fino que me morde a pele
me penetra e me pica
os ossos e os músculos
Inverno
Ténues crepúsculos são os meus dias
e as noites distendidas
nostalgias de labaredas
acesas
na alma
Tempo de calma
de reflexão
hora de resistir
de me despir por dentro
e me vestir por fora
Sangue a ferver no coração
a implodir de liberdade
e a explodir de caridade
e paixão
Inverno
Uma alegria triste
que em mim persiste
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