Pergunto-me
desde que me conheço
e procuro-me
por toda a parte
Não sei quem sou
nem o que faço aqui
muito menos se me mereço
ou se alguém de si
igual tormento consigo comparte
Que missão é a minha?
Porque sina ando perdido
a mando de quem
amando e sofrendo sem tino
nem sentido?
Responde-me a Ciência com mil
fórmulas
máquinas, computadores e
televisões
a Filosofia com mil enigmas
a Religião com as melhores
intenções
Não são essas respostas que eu
espero
nem quero
mais ainda desespero
e se agravam os estigmas
Por isso com poesia eu lamento
esta vida angustiada
sem culpa formada
Na ideia de que me libertarei
anda que quando não sei
desta terrível cadeia
de desconhecimento
Vale de Salgueiro, domingo, 7
de Junho de 2009
Henrique António Pedro

Acho que enquanto estivermos aqui, não saberemos. Quem sabe, depois?
ResponderEliminarOI HENRIQUE!
ResponderEliminarUMA INDAGAÇÃO QUE NOS " PEGA" EM ALGUNS MOMENTOS PORQUE, NA REALIDADE, ACHO QUE NÃO PARAMOS PARA NOS CONHECERMOS PROFUNDAMENTE.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Olá, Henrique!
ResponderEliminarTransmontano de raiz, alma e coração e "mais vale quebrar, que torcer", é a vossa máxima e que o diga Aquilino ou Torga.
O seu poema, que está mto bem estruturado, é uma questão constante, que, provavelmente, todos colocamos, mas parece que não encontramos resposta, nem cabal, nem parcial.
Amar vale sempre a pena, mesmo que termine o sentimento. Ficou, todavia, o consolo dos bons momentos.
Como sou mulher de Letras e Humanidades, não entendo nada da Ciências, nem de fórmulas, nem de Informática. Sei o básico dos básicos e isso já me chega.
As palavras têm uma enorme importância na vivência do individuo, pke, e como diz o poema, elas beijam-nos como se tivessem voz, boca ou ferem-nos, isto digo eu, como se fossem espadas.
Ninguém se conhece bem, na realidade, e tanto assim k, por vezes, fazemos "coisas", que horas depois nos arrependemos e nem percebemos o motivo da nossa atuação. Enfim, é assim a vida, mas que viva a poesia.
Um abraço e desejos de uma boa semana, soalheira, embora á noite, o frio aperte e aí, ainda mais, k em Lisboa, onde vivo.