Inesperadamente
Milhares de borboletas
brancas
Predominantemente
Também raiadas
Coloridas
Delicadas
Saídas de todos cantos
Dos nadas
Tomaram conta do jardim
Saciadas da sede de amor
E de água
Apenas lhes apetece voar
E são tantas
A esvoaçar à minha roda
Que já nem há mais
espaço para onde ir
E eu não tenho outro
remédio
Tão despudorado é o
assédio
Senão deixar os meus
poemas
Voar com elas
Saltitando por entre as
rosas
E o jasmim
É tempo de festejar o
auge do Verão
Antes que o vento frio
de Outono
As faça cair de novo no
sono
Hibernal
Regressando aos cantos
dos nadas
De onde vieram
Para por lá ficarem pasmadas
Larvares
Monstruosas
Os meus poemas
permanecerão acordados
Durante todo o ano
Engravidados de poesia
Sempre a adejar
Em torno de mim
Já sinto a nostalgia
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