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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

No auge do Verão







Inesperadamente
Milhares de borboletas brancas
Predominantemente
Também raiadas
Coloridas
Delicadas
Saídas de todos cantos
Dos nadas
Tomaram conta do jardim

Saciadas da sede de amor
E de água
Apenas lhes apetece voar
E são tantas
A esvoaçar à minha roda
Que já nem há mais espaço para onde ir
E eu não tenho outro remédio
Tão despudorado é o assédio
Senão deixar os meus poemas
Voar com elas
Saltitando por entre as rosas
E o jasmim


É tempo de festejar o auge do Verão
Antes que o vento frio de Outono
As faça cair de novo no sono
Hibernal
Regressando aos cantos dos nadas
De onde vieram
Para por lá ficarem pasmadas
Larvares
Monstruosas

Os meus poemas permanecerão acordados
Durante todo o ano
Engravidados de poesia
Sempre a adejar
Em torno de mim

Já sinto a nostalgia


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