Com flores e versos a mim mesmo me iludia
Abri-lhe meu coração de par em par
Sofrendo com o medo de a perder
Por assim tanto e tão bem lhe querer
Sem saber como melhor a conquistar
Oferecia-lhe flores de sonhar
Poemas de amor e de bendizer
Aborrecia-a, porém, sem saber
Com a minha forma, pura, de amar
Mas ela não gostava de poesia
Pelas flores não sentia afeição
Não a conquistava, antes a perdia
Só o brilho das jóias a movia
Lhe fascinava olhos e coração
Com flores e versos a mim me iludia
Vale de Salgueiro, 13 de Maio de 2008
Henrique António Pedro
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