O amor cotado no mercado
sem o sentir do coração
tem baixa cotação
é pecado
é prostituição
E eu não vendo a minha paz interior
seja porque preço for
Não troco a felicidade genuína dum amor verdadeiro
pelas bacias diamantíferas da África do Sul
pelos campos petrolíferos da Arábia Saudita
por todos os camelos do deserto do Sahara
ou pela riqueza inaudita contabilizada em Wall Street
Nem mesmo pelo mundo inteiro
por todo o ouro guardado em Fort Knox
pelo poder instalado na Casa Branca
tão pouco pela glória das maiores estrelas de Hollywood
do futebol
da música
ou da dança
seja qual for a cor do dinheiro
seja qual for a cor do dinheiro
Por nada deste mundo
por tanta coisa fútil que nada me diz
e que à Humanidade e à verdade
não acrescentam nada
apenas desesperança
Mesmo sabendo que até o amor e a paz
são tão efémeros como o sorriso
de criança
Meros mas decisivos sinais
da Felicidade maior
que é amar mais e mais
Vale de Salgueiro, quarta-feira, 3 de Dezembro de 2008
Henrique Pedro
Gostei muito do poema :))
ResponderEliminarHoje : Tempo incerto numa acalmia que dói
Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira