Um par de pombas enamoradas
pôs-se a dançar danças de amor
despudoradas
de fronte da minha janela
só para me provocar
Fascinado
deixei-me ficar com cautela
aprendiz a elas enleado
calado
e a vê-las dançar
entrelaçadas
em feliz liberdade
A pousar e a levantar
a voar
adejando com graciosidade
De pronto me imaginei a dançar com elas
e me pus a pensar:
Porque não nos deu asas
o Criador?
E fez também do homem um ser voador
para assim poder bem amar a mulher amada
também ela alada
e ambos a voar se poderem amar?
Porque não são precisas asas
para amar
assim à toa
Porque o amor não tem asas
mas voa
Vale de
Salgueiro, sexta-feira, 1 de Maio de 2009
Henrique António Pedro
Maravilhoso poema querido amigo poeta
ResponderEliminaragradeço a simpatia da sua visita e a generosidade de suas palavras, distinta amiga Celina. Abraço.
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