Fito a lareira
acesa
com o coração ao
fogo exposto
as labaredas
lambem-me o rosto
com seu morno
calor
São raízes que ardem
e me aquecem sem
me queimar
lembranças de
amantes
que me enlaçam
inebriantes
e uma após outra
me vêm
beijar
Labaredas de lembranças
quimeras de amor
que aparecem
e me aquecem
mas logo se
esquecem
fugaz fulgor
Estendo-lhes a
mão por elas iluminada
ainda assim
sem dilema
para as
acariciar
Guardo para mim este
poema
cinza prateada de
recordação
Vale de
Salgueiro, Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2012
Henrique António
Pedro
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