Nasci de amor perfumado
qual flor de jasmim no jardim de minha mãe florido
onde meu pai havia semeado
embevecido
especial etérea semente astral
fruto do seu coração também
Nove meses andei escondido
naquele ventre doirado
protegido de todo o mal
ungido e baptizado na fé de Cristo
depois de haverem decidido
que o seu filho bem quisto
desejado por tanta gente
haveria de nascer
à hora do sol nascente
Continuo sem saber
porém
a que pedra
a que fonte
a que estrela
a que ar ou a que água
foram meu pais escolher
essa etérea flor astral
com tão amorosa frágua
Porque nasci e vivi
e por crer que sou imortal
espero um dia podê-los rever
sem mágoa
também porque para meus pais
que moram agora no além
eu
jamais
morri
Vale de Salgueiro, domingo, 15 de março de 2015
Henrique António Pedro
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