Sopra sorrisos etéreos
desejos flutuantes
de luxúria
Cruza as pernas com volúpia
como que a defender a virgindade
Lança olhares faiscantes de alvorada
raios mornos de pôr do sol
Solta nuvens de fumo
que se evolam do cigarro
que rola nos lábios
como se fossem malmequeres
floridos em tardia Primavera
Liberta bolas de perfume
irisadas de provocação
que me estouram no rosto
sem que me toquem o coração
A sua santidade é de pau carunchoso
e o seu amor
cavernoso
é forçoso dizê-lo
Ó santa, sensualidade!
Erotismo e água benta
cada um toma a que quer
Não!
Já não sou mais criança
e ela não é mais mulher
só porque assim
seráfica
se oferece
a um qualquer
Vale de Salgueiro, segunda-feira, 8 de
Agosto de 2011
Henrique
António Pedro
in Mulheres de amor
inventadas
Copyright © Henrique Pedro (prosaYpoesia)
1.ª Edição, Outubro de 2013
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