Algo eu sou
e sou eu
não sou fidalgo
centauro
ou plebeu
simplesmente sou
Não sou omisso
não sou nada disso
Sou crente
não sou demente
Sou homem
não sou mulher
não um animal qualquer
Não sou alto nem sou baixo
sou branco não de cor
não sou nada
sou alguém
Ando e corro
não voo
choro e rio
caminho de pé
Não me evadi
não fugi
de ninguém
Cidadão
artista
não sou concertista
não sou artesão
tocador de banjo
contrabaixo
doutor
Sou esteta
de mente aberta
ténue de esperança
de frágil fé
Sou poeta
protótipo de anjo
tão só
Vale de Salgueiro, sexta-feira,
5 de Dezembro de 2008
Henrique António Pedro
in Introdução à Eternidade (1.ª Edição, Outubro de 2013)
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