quinta-feira, 4 de julho de 2013
Só não sofrem as fragas
terça-feira, 2 de julho de 2013
Alvorada
segunda-feira, 1 de julho de 2013
A poesia é uma árvore
com tronco de emoção
e copa de fantasia
envolvida em véu
de louvor
à vida
De raízes mergulhadas bem fundo
no húmus do coração
de onde suga a seiva
dos sentimentos soberanos
com que alimenta folhas
e ramos
e frutifica
em poemas
na Razão
Respira o ar da Terra
e recebe a bênção do Céu
sob a forma de inspiração
Iluminada pelos raios cósmicos do Universo
viceja em verso
e é poiso de aves
que vêm ler
e declamar
os poemas
trazendo e levando penas
que a vida
até morrer
sábado, 29 de junho de 2013
No clímax do sonho
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Avé Maria
Algum
querubim
por
certo
dentro
de mim
instante
me chama
Desperto!
Abro a
janela de par em par
de
pronto o Cosmos inunda o aposento
de
rompante
Um
vento de luz sopra raios rosa desde o Sol nascente
a
alvorada entra luminosa no meu coração
que
canta vitória
Os
acordes espirituais de Bach e Gounod
complô
de anjos e arranjos divinais
envolvem-me
em explosão de alegria
e glória
Nos
sons suaves dos violinos
ouço o
ondulado de colinas verdejantes
salpicadas
de papoilas e malmequeres
a energia
telúrica que emana da Terra
força
de paz que silencia a guerra
Os
toques metálicos do piano
qual tilintar
das estrelas a cintilar
não
cessam de por mim chamar
A
melodia me encanta
o meu corpo
se quebranta
sinto-me
a pairar
E quando
a divina voz da diva se alteia
exaltando
a santidade da galileia Maria, de Nazaré
a minha
alma se incendeia
na
vertigem da Fé
Já não
mora mais ali pois se evola
livre
dos humanos misteres
e se
empola
em
êxtase de espiritualidade
e poesia
E
também eu canto o sacrossanto canto
Avé
Maria
cheia de
graça
o Senhor
é convosco
bendita
sois Vós entre as mulheres
e bendito
é o fruto
do
Vosso ventre
Jesus
Vale
de Salgueiro, segunda-feira, 14 de Setembro de 2009
Henrique
António Pedro
quarta-feira, 26 de junho de 2013
A mulher gorda
Um som inaudível
uma estranha indução
uma inconsciente
associação
terão motivado, por
certo, esta inaudita exibição
Quando hoje pela manhã
me preparava para me
barbear
desatei a assobiar
o refrão
de uma música em
voga
e não tardei a trautear com igual brilho
o estribilho
também
«Mulher gorda,
ai a mim não me convém,
………………….
Ai, ai, ai, ai,
eu gosto dessa mulher»
Quando dei por mim
já gritava a plenos
pulmões
qual cantor de multidões
enquanto a lâmina
deslizava
na face ensaboada
«Mulher gorda,
ai a mim não me convém
………………….
Ai, ai, ai, ai,,
eu gosto dessa mulher»
E repetia com mais
ardor
apenas o verso
introdutor
embora na composição
também haja mulheres magras
pois então
não só anafadas
Quantas pessoas na
vizinhança
terão pensado que
enlouqueci
e sem esperança de
cura?
E quantas mulheres
gordas terão sentido ganas de me esganar
danadas com a minha
loucura
com tão dura falta chá?
Sei lá!
Certo é que a barba
ficou um primor
E que há mulheres gordas
que são um amor
Vale de Salgueiro, quarta-feira,
28 de Abril de 2010
Henrique António Pedro

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