Hoje
faço anos!
Também
os fiz de facto no ano transacto
Fazer
anos é um frenesim
é
um clamor de amor
ainda
assim
É
contar a idade da amizade
da
felicidade e da alegria
com
a graça da poesia
Vivo
encantado com quem amo
por
isso bem não sei
quantos
anos em cada ano
conto
ou desconto
faço
ou desfaço
Sem
deixar de reclamar, para mim
quantos
ainda não amei
quantos
tenho para amar
encantos
que renovo
Aqui
deixo e não desleixo de verdade
um conselho a quem for mais novo
da
mesma idade ou mais velho
por
feliz sortilégio
Não
seja demente
estar
vivo é privilégio
fazer
anos um presente
Faça
anos sempre em festa
não
conte os que lhe resta
nem
o passado desmonte
afaste
de si a dor
deixe
que brilhe amor no horizonte
E
tome nota no que lhe digo
fazer
anos é um dom
não é castigo
Vale
de Salgueiro, quinta-feira, 9 de Dezembro de 2010
Henrique
António Pedro