segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
Há horas assim…
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
Além, naquele astro ali
Além
naquele
astro ali
que
não é estrela
nem
planeta
nem
cometa
e já foi
ventre
de
minha mãe
onde
nasci
Ali
naquele
astro além
tão
longe de tão perto
onde nada
é errado
tudo
bate certo
e só
existe o bem
É lá
que eu moro
me demoro
e
exponho
por
via do sonho
É ali
que eu ando
errando
amando
e
sofrendo
a
mando
de
Deus
Sem
que diga adeus
nem
nada diga
a
ninguém
E de
nada me arrependo
Vale de Salgueiro, sexta-feira, 20 de Novembro
de 2009
Henrique António Pedro
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Ei-la! É ela de novo…
seios cheios torneados
sábado, 2 de fevereiro de 2019
Porque têm espinhos, as rosas?
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Toda a gente lê poesia, lá na minha freguesia
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
Adeus às armas
Noite
tropical igual a tantas noites santas
em que
nada se sente de mal
Há
estrelas no céu esmeralda
a brilhar
uma
brisa perfumada a soprar poesia
nostalgia
e desejo
muito
muito desejo de muito amar
Eis
que de repente
quando
nada o fazia esperar
da
floresta salta a serpente
Ilumina-se
a noite de clarões e explosões
ouve-se
o silvo das balas a voar
não
tarda gritos e gemidos de homens aflitos
a
morrer
ali
mesmo a meu lado
sem
que ninguém lhes possa valer
Também
disparo
calado
revoltado
em
lágrimas banhado
Eis
que de repente
também
quando nada o fazia esperar
volta
o silêncio a reinar
e a
poesia vaga
de
novo
na
minha mente
Tiro
a mão do gatilho
iluminado
de um novo brilho
regressam
ao mato as miasmas da guerra
o
que me deixa um tanto abstracto
Uma
explosão maior de alegria em meu coração
me
diz que a guerra é fugaz
ainda
que seja uma eterna espera
de
paz
Digo
adeus às armas
Restam
lágrimas amargas
Terras
do régulo Capoca (Norte de Moçambique), Setembro de 1973
Henrique
António Pedro