Desdobro-me
saio de mim
e assim
me vejo por fora
Viajo para outro sítio
permanecendo aqui
Salto no tempo
mudo de espaço
e vou-me embora
sempre e agora
preso a mim
enredado na ilusão
que me enleia
Penetro no meu próprio corpo
viajo por cada artéria e veia
nado nas aurículas e ventrículos
pulmões e testículos
banho-me no coração
Balanço-me nos axónios
do meu próprio cérebro
salto de neurónio em neurónio
feito ideia e afecto
homem completo
Sou uma ínfima parte de mim
que se não dissocia
Um quantum espiritual
uma centelha de bem
outra de mal
Uma boa sensação
que me percorre por dentro
me visiona por fora
e viaja pelo Cosmos além
mas não tem dimensão
***
belissimooooooo!adoro ler-te poeta!
ResponderEliminarabraços fraternos!
Que linda sensação de liberdade!
ResponderEliminarUm poema que me faz sentir bem.
Parabéns pela fantasmagórica inspiração!
Abraço, Manuela