O País está em crise
a Nação em comoção
O Estado foi espoliado
a Pátria expatriada
a República traída
a Língua assassinada
a Democracia pervertida
À História roubaram a glória
Ouvem-se Álvares Pereira, Gama e Camões
Albuquerque e Vieira
Santo António de Lisboa e Fernando Pessoa
a protestar
As armas de Abril não chegaram a florir
Há cardos a florear na lapela
dos campeões do regime
democracia do crime
nova ditadura dos donos da fartura
da vida boa e bela
a cantar e a sorrir
E há cravos a cravejar o peito do povo servil
cravados pelo socialismo radical
pelo capitalismo mais vil
os traidores de Portugal
Nas ruas da amargura batem os corações
das multidões esfomeadas
injustiçadas
dos sem eira nem beira
a reclamar
A cantar um canto de desencanto
em seu peito febril
a jeito de quem diz: retomai Abril!
com verdade e em liberdade
votar já não basta
já de nada vale votar
A Bem da Nação, portugueses, gritai basta
votai sim, mas dizei não!
Vale de Salgueiro, quarta-feira, 8 de Dezembro de
2010
Henrique António Pedro
Eu gostava que que o 25 de Abril não fosse um recomeço sem fim mas pelo caminho sinuoso em que continuamos a caminhar, está mesmo a fezer falta um verdadeiro 25 de Abril.
ResponderEliminarExcelente poema, que muitos reflitam.
Abraço
A. da fonseca
Que coisa belíssima, Henrique! Bom gosto unido à sua arte de poetar, só poderia resultar nesta beleza! Parabéns! Amei muito!
ResponderEliminarPoeta seguindo seu blog, sem palavras.
ResponderEliminarSimplesmente GENIAL. Parabéns pela riqueza das poesias, fotos e postagens, vou voltar sempre. Meu carinho amigo, Beatriz Castellano de Almeida.
Bia.
Muito bom...abril sempre!
ResponderEliminarEstimado Amigo e Ilustre Poeta Henrique Pedro,
EliminarMaravilhoso poema em em prosa diz toda a verdade.
As armas de abril não chegaram a flori em virtude de terem ficado en cravadas pelo socialismo do Mário.
Não mais haverá outro 25 de abril, o FMI e a Comissão Europeia não o premitirão, porque Portugal já não é uma país soberano, mas sim um lacaio dos agiotas, dos políticos corruptos e os juízes que nada vê. As instituições estão degradadas e o povo é que sofre, enfim!...
Camões, Pessoa e todos os génios bem portugueses, suas almas estarão bradando basta, afinal para serviram tanto esforços, para este políticos que se dizem democraticos roubarem o povo...
Encravado ando o povo, sem poder florir, nem as rosas de maio já ajudam.
Abraço amigo, adorei seu pelo e profundo poema.
OLá Amigo Henrique Pedro!
ResponderEliminarA poesia é uma arma, já diz o José Mário Branco, não é verdade?
Utilizamos pois essa arma!
Um abç muito grande nestes 40 anos da Revolução dos Cravos.
Da amiga
Lara de Léon (Mª Idalina A. Brito)
Não há palavras para comentar o seu poema.
ResponderEliminarEstá deveras profundo e com todos os ingredientes.
O meu aplauso e um abraço carregado de cumplicidade literária.
BASTA? - O nosso povo é demasiado permissivo... aceita tudo com resignacäo...
ResponderEliminarfala sempre muito, mas näo age... sonha com Abril, mas vive nas trevas... luta
pela vida para sobreviver... acomoda-se na ignoräncia, na pobreza e passa pela
vida sem a viver! O 25 DE ABRIL NUNCA EXISTIU... a näo ser para os oirudos
e a classe política! Em suma: O Povo NÄO É quem mais ordena! Infelizmente.
As armas de Abril, nunca foram pra florir... foram sempre pra iludir!
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