sexta-feira, 31 de maio de 2013
Esta democracia é uma porca
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Separação
terça-feira, 28 de maio de 2013
Contemplação
inseguro
segunda-feira, 27 de maio de 2013
As mais belas poesias não as escrevem os poetas
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Era pelo Estio que se perdia a virgindade
Recordo aquele dia de Estio deleitoso
perfumado de feno, pinho e alecrim
o recanto umbroso do rio da
mocidade
escondido entre fraguedos
guardiões da verdade
Aquela tarde sem fim
em que fui Fauno por encanto
e a minha doce companhia
uma Dríade lendária
quando sem sombra de mal
nos entregámos a inocentes
e aquáticos folguedos
sem maldades ou medos
Recordo as fugas simuladas
por entre giestas e fragas
as dissimuladas perseguições
o bater aberto dos corações
a ternura dos abraços
o beijo apaixonado
até então nunca experimentado
E recordo o momento mais ardente
em que nos demos por vencidos
tomados de paixão emergente
já completamente despidos
Virgens?!
… éramos os dois..
...E depois!?
Ninguém se deu conta
que naquela tarde de Estio
perfumado
em que o amor desponta
sadio
perdêramos ambos a virgindade
levada para sempre
na limpidez da água corrente
Tudo ocorreu com naturalidade
com a correnteza da verdade
na mais pura e santa inocência
Não houve choros
nem ranger de dentes
nem palmas
nem traumas
ninguém levantou a voz
muito menos nós
a tal fizemos referência
Era pelo Estio
nas águas do rio da mocidade
que se perdia
a virgindade
!?
oiss
eramos
onados nunca antes experimentados
In Mulheres de amor inventadas (1.ª Edição, Outubro de 2013)
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Eram tantos os beijos
terça-feira, 21 de maio de 2013
Amo e ando apaixonado
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Amor, o nosso Deus
segunda-feira, 13 de maio de 2013
No início da Primavera
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Em mim não acredito e de Deus desconfio
O Cosmos de meu avô João
era toda a terra em que à luz das estrelas
semeava pão
O meu
é todo o espaço-tempo
em que planto poemas
eivados de dilemas
e de contrição
Cosmos infinito
mas pequenino
o meu!
Do tamanho do silêncio
indiferente
de Deus
Magistério de mistério
que professo como monge
porfiando poesia
A gritar poemas sem tino
e a acenar
a acenar
na esperança de que alguém
me virá salvar
Se é que não ando a deitar
tudo a perder
Em mim não acredito
e de Deus desconfio…
que só Ele
me poderá valer
Vale de Salgueiro, 24 de Outubro de 2007
Henrique António Pedro