Passo horas assim
Quieto
Bem desperto
Em decúbito dorsal
fitando o tecto
do Firmamento
A brisa suave que me afaga por fora
transforma-se em vento
por dentro
Mesmo com o céu encoberto
embrenho-me em recordações
em dilações do tempo
dou volta ao mundo
Suspendo a vida
Uma estrela cadente
perdida
passa célere
ante meus olhos
Num ápice
mergulho no ápex
arrastando comigo todo o Sistema Solar
Até que ouço alguém chamar
a dizer-me que são horas de dormir
a pedir-me para voltar
antes que me perca
Mas eu já não estou ali
nem lá
nem além
nem aqui
nem cá
Estou inteiro dentro de mim
onde também cabe o Cosmos
É de lá que vejo
sinto
e ouço
o mundo que me cerca
in “Introdução à Eternidade”
Copyright © Henrique Pedro (prosaYpoesia)
1.ª Edição, Outubro de 2013
Maravilhoso os momentos em que nos sentimos unos com a verdade. Abraços.
ResponderEliminarAgradeço a sua visita, distinta/o amiga/o Msrlobo, e a generosidade do seu comentário. Os astrónomos chamam Ápex ao ponto para onde o Sistema Solar parece dirigir-se, a grande velocidade, com as implicações cósmicas e telúricas (sobretudo poéticas) que isso comporta. As maiores felicidades para si. Abraço.
EliminarAchei lindo o poema onde embora vislumbre os astros do firmamento acabe por ficar centrado em si ...porque em nós através do pensamento e da imaginação e da criatividade cabe todo o imensurável Universo...Parabéns amigo...andas sumido ...sinto sua falta e de seus lindos poemas...Abraço
ResponderEliminarO Universo sempre foi, e irá continuar a ser alvo de poesia e misticismo, amiga Ana. Fico encantado com a sua presença e com o seu comentário. Abraço.
Eliminarlindo demais..
ResponderEliminarAgradeço a sua visita e a sua simpatia, distinta amiga Adelaide. Abraço fraterno.
EliminarBelo e interessante trabalho! Continua!...
ResponderEliminarAgradeço a sua visita e a simpatia do seu comentário, distinto amigo Leugim.
ResponderEliminarUm abraço.