(Do meu baú
de recordações)
Esta saudade cadela
me morde
e me ladra
a toda a hora
furiosa
e não me deixa dormir
Em vão tento amansá-la
imaginando a minha amada
saudosa
a sorrir
amorosa
escrevendo o aerograma
que agora tenho na mão
em que me diz
que me ama
Aerograma que leio
e releio
mas mais me enleio
nesta cruel nostalgia
nesta saudade
insidiosa
cadela
que ladra à lua
Só mesmo a poesia
dá conta dela!
Nangololo (Norte de Moçambique), Agosto de 1971
Henrique Pedro
Adorei!
ResponderEliminarAgradeço a sua visita, distinta amiga Ilma e a simpatia das suas palavras. Abraço.
EliminarQuantos aerogramas que nesses dias longínquos lemos e relemos e adormecemos colados a eles.
ResponderEliminarDestruí-os a todos. Se fosse hoje dariam belos romances.
Distinto amigo Luís. Não destruiu, certamente, toda a preciosa documentação sentimental gravada na memória, e no coração e que poderá inspirá-lo, hoje em dia. Agradeço a sua visita e as suas palavras. Abraço.
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