Não me consta que houvesse
mestre maçom
por mais iluminado
que de porpianho mais soubesse
que o pedreiro Justiniano
embora ele não fosse
nem crente nem ateu
Encantado ficava eu
ouvindo o mestre canteiro
cantar à cantaria
que ele próprio esquadrou
nas fragas do inóspito
e sombrio quadraçal
Ei pedrinha ou…
ei pedrinha ou…
E o tosco bloco de granito
mais pesado que a cruz de Cristo
deslizava enlevado
por via da magia
do laico cantochão
Leve como a água de poesia
que então se vertia
na cabeça do neófito
na pia baptismal
em busca da salvação
Ei pedrinha ou…
ei pedrinha ou…
Que ressoem os sinos ao tilintar dos formões !
ResponderEliminarAgradeço a sua visita, amigo António. Boas Festas.
EliminarLindo poema
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