Tão curtos são os meus passos
tão frouxos os meus abraços
tão limitado o meu olhar
tão falível a minha mente
que duvido que algum dia
mesmo por fantasia
possa deixar de ser gente
e vir
a ser
deus
Anjo sequer
Muito menos se me fizesse deflagrar
fosse porque causa fosse
mesmo por uma só qualquer
mulher
E como poderia eu
tirar gozo de mil virgens fatais
num paraíso irreal
sem pernas
nem braços
sem pénis e sem beiços
com que as pudesse possuir
e amar?
Jamais
Nem mesmo imaginar
Trágico será
só
imaginar
e sorrir
Vale de Salgueiro, sexta-feira, 18 de Fevereiro de
2011
Henrique Pedro
A nossa fragilidade humana.
ResponderEliminarA força espiritual será sem dúvida um motor que nos ajudará a manter sempre o ritmo das coisas,mas sabemos porem do seu fim.
Belíssima poesia caro poeta! Parabéns! Adorei seu espaço!Abraço
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