Quando
e onde nasci
mum pequeno mundo rural
do Portugal
implantado na Europa
por engano
ainda se bendizia a Deus
pelo pão de cada dia
se benziam as colheitas
de cada ano
e se celebrava o seu
sucesso com alegria
Porque se sabia quanto
custava
andar um ano inteiro a
mourejar
ao sol ardente
à chuva
ao frio
e à geada
para se conseguir o
sustento
um naco de pão que fosse
arado, semeado, ceifado,
malhado, moído, amassado, cozido
partido e repartido
com dor
amor
e suor
à força da enxada
e do timão
Mergulhou-se depois num
mundo fácil
de frágil
e fugaz ilusão
Com demasiada gente que deveria
chorar mas que cantava
e ria
por tanto ter que
esbanjar
que adorava os falsos
deuses que lhes punham a mesa farta
e do mundo da miséria os
apartava
mas lhes encondia a
verdade
Agora
são milhares os seres
humanos que não têm que comer
nem deuses a quem
agradecer
e que apenas têm
lágrimas
para partilhar!
Mais a angústia de não
saber que fazer
Agora
mais do que nunca
tem sentido a palavra
solidariedade
Henrique,
ResponderEliminarObrigada, por através da poesia, tentares despertar as (in)consciências daqueles que se esquecem de agradecer a Deus a abundância e as muitas graças concedidas e não enxergarem com os olhos da alma as carências dos seus irmãos.
Beijo da amiga
Nanda
Quantas vezes me lembro da célebre frase "Quem tem um pedaço de terra, tem tudo". Perdeu-se o sentido da terra que nos alimenta, dos rios que nos fornecem a água tão preciosa para a vida e o que resta? Angústia e solidão por entre blocos de cimento armado entremeados de rios de betão que são infecundos, que engoliram e destruíram valores
ResponderEliminarPara muitos a vida é muito difícil e jamais deveria haver guerras entre seres humanos, é o maior desrespeito a vida, parabéns pelo belo poema...
ResponderEliminarHenrique!
ResponderEliminarParabéns pelo seu belo espaço cultural.
Esse poema, tocou-me a alma, demonstrando a situação de Portugal hoje, que não é apenas ao seu Pais, mas o mundo todo sofre essa falta de sensibilidade e gestão dos ocupantes do Pode. O povo sofrido, suplica por melhorias e sua qualidade de vida..
Triste realidade..
Abraço de sua nova amiga
Luiza
Adorei o seu poema, os valores são essenciais, o respeito e o uso da solidariedade são essenciais nos dias que decorrem. Abraço poético
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