Quando escrevo
leio
e quando leio
escrevo
Na mente
em segredo
não é devaneio
nem minto
Assim
num de repente
leio
releio
reescrevo
e transcrevo
a Natureza
o Cosmos
o que vai dentro de mim
Primeiro leio o que sinto
ou o que se passa à minha volta
e é o que leio
que escrevo
se me anima
acalma
revolta
ou induz estima
E sempre leio
e releio
o que escrevo
e também escrevo
quando leio
o que os outros escrevem
Leio
e escrevo na mente
ou no coração
embora não com a mão
o que os outros escrevem
para que eu leia
e que algo me diz a mim
Assim me enleio
a escrever
e a ler
em tudo que “escreveleio”
Não aprendemos a ler
primeiro
e depois a escrever
Sempre aprendemos a “escreveler”
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