Há roseiras a rosir
agora pelo Outono
frágil entono
quando as romãs começam
a rir
e os ouriços nos castanheiros
altaneiros
quase
quase
a parir
E as andorinhas
a partir
O céu
e os campos
ensaiam simulacros de
Primavera
por todos os cantos
mas a cor dominante não
é o verde fulgurante
pintalgado de papoilas
e malmequeres
e da sensualidade
desnuda das mulheres
São tons quentes de
castanho
de folhas amarelecidas
que se vão desprendendo
pelo vento
de árvores
entristecidas
simulando alegria
em derradeiro arreganho
que é lamento
elegia
pura poesia
Só as mães
depois que lhe morrem
os filhos
não voltam mais
a sorrir
E neste Outono ainda há rosas a florir.
ResponderEliminarTantas surpresas vão acontecer
Neste tempo de amanhecer
Nesta vida onde sorrir também é um renascer
De tanto que há para amar do pouco que vai florir.
Belo quadro outonal.
ResponderEliminarBeijo
Nanda
Todos nós temos uma estação de eleição,a minha é o outono.
ResponderEliminarQuase,poderia definir a minha vida como:-Era uma vez num outono...
Bonito poema,poeta Henrique Pedro como sempre!
Muito lindo, parabéns, Henrique, como é bom ver um homem tão cheio de sensibilidade, abraços de poesia!
ResponderEliminarBom Dia Amigo,
ResponderEliminarUm belo retrato outonal
Parabéns!!!
Votos de bom domingo
Belo texto..."São tons quentes de castanho
ResponderEliminarde folhas amarelecidas
que se vão desprendendo pelo vento
de árvores entristecidas..." O vento desprende as folhas secas, para dar nova roupagem a natureza, que com as chuvas, se fazem fartas, de saias longas, e tons de esperança e de arco-íris. Uma doce noite meu querido e meu abraço.