Cruza e descruza as pernas
delgadas
longas
com sensualidade
dando fugaz liberdade a virgindade
Solta sorrisos etéreos
em silêncio
mas nada me diz
Chispa olhares faiscantes
que são desejos
relutantes
na alvorada que já não tarda
mas de nada me fala
Sopra novelos de fumo
que se evolam do cigarro que rola nos dedos sábios
e que mal leva aos lábios
como se fossem malmequeres floridos
defumados
numa já tardia Primavera
Sacode os cabelos soltando pós mágicos
de perlimpimpim
bolas de sabão perfumadas
irisadas de erotismo radiante
que vêm explodir no meu rosto
e me sobem ao nariz
como vapores de vinho mosto
Enquanto isso faz as pedras de gelo a tilintar
no balde que em que resfria
o espumante
e acalenta estuante alegria
de me querer conquistar
Debalde
É madrugada entretanto
ainda assim
Vale de Salgueiro, segunda-feira, 8 de Agosto de
2011
Henrique Pedro
Belo poetizar com muito sentimentalismo. Aplausos e minha admiração.
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