Beijos, beijinhos, beijocas
na boca
na mão
no cu
no coração
na face
no rosto
na testa
na teta
em tudo que resta
Beijos na alma?
só a alma os dá
No coração?
não penetra tão fundo a tesão
Beijos
de amor
de impostor
de traição
de verdade
de amizade
de bom tom
beijos beneton
Beijos
da morte
da má sorte
bafejos
harpejos de infelicidade
Beijos
de circunstância
de primeira instância
de Judas
escusas
antologia
cinema
fantasia
de poesia
Beijo
beijão
beijinho
público
privado
desdém
carinho
forçado
estudado
repetido
desinibido
repenicado
Beijo
Abraço
Abração
Abracinho
Aperto no cachaço
Maior é o beijinho
pequenino
dado com carinho
ternurento
sem embaraço
nem lamento
São os beiços que beijam
se o beijo é de desejo
mas beija o coração
se o beijo é de dor
ou de amor
Beijam os olhos
as mãos
os braços
os lábios
tanto faz
se o beijo for de verdade e de paz
Os “kiss” do “Face” não são na face
São disfarce
Para quem lê
vai um Beijo de luz
como se induz
já se vê
(Acabaram-se os beijos
por força da pandemia
não da poesia
mas nem todos, não!
Diga quais, pois então!)
Vale de Salgueiro, domingo, 9 de Agosto
de 2009
Henrique António Pedro
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