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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Quando, por encanto, me dei conta…

 


Quando, por encanto, me dei conta…

 

Quando

por encanto

me dei conta

de que também ela de mim gostava

já há muito tempo ela suspirava

à espera de que eu lhe declarasse

o meu amor

 

Porém

quer eu

quer ela

sentíamos que assim sofrer

era a mais bela forma de prazer

 

Uma dor gostosa

uma amorosa imanência de que ela padecia

com paciência

e de impaciência me fazia

a mim

padecer

 

Porque o gozo maior daquela insana dor

não era sequer um dilema

tão pouco um dissabor

 

Era sim

tão só

puro amor

 

Vale de Salgueiro, terça-feira, 27 de Março de 2012

Henrique António Pedro


3 comentários:

  1. Simplesmente...lindo.Parabéns senhor poeta.

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    1. Obrigado distinta amiga Fátima, pela simpatia da sua visita e generosidade de suas palavras. Abraço.

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  2. Este poema tem tudo a ver com a nossa forma de amar. Eu te amo, você me ama, mas ninguém pode saber,
    nem mesmo eu e você!

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