Quando,
por encanto, me dei conta…
Quando
por encanto
me dei conta
de que também ela de mim gostava
já há muito tempo ela suspirava
à espera de que eu lhe declarasse
o meu amor
Porém
quer eu
quer ela
sentíamos que assim sofrer
era a mais bela forma de prazer
Uma dor gostosa
uma amorosa imanência de que ela padecia
com paciência
e de impaciência me fazia
a mim
padecer
Porque o gozo maior daquela insana dor
não era sequer um dilema
tão pouco um dissabor
Era sim
tão só
puro amor
Vale de Salgueiro, terça-feira, 27 de Março de
2012
Henrique António Pedro
Simplesmente...lindo.Parabéns senhor poeta.
ResponderEliminarObrigado distinta amiga Fátima, pela simpatia da sua visita e generosidade de suas palavras. Abraço.
EliminarEste poema tem tudo a ver com a nossa forma de amar. Eu te amo, você me ama, mas ninguém pode saber,
ResponderEliminarnem mesmo eu e você!