Eu não espero nada nem de ninguém
Não estou à espera de nada
nem de ninguém
nem de mal nem de bem
nem de mau nem de bom
de boa ou de má sorte
do engano de um novo ano
muito menos da morte
E porque havemos nós de estar à espera
que algo
de bem ou de mal
de mau ou de bom
nos aconteça?!
Ou de alguém que nos valha
ou simplesmente nos faça bem
e nos mereça?!
Quem espera desespera
Eu não estou à espera de nada
nem de ninguém
de pé ou sentado
a dormir ou acordado
a sonhar
angustiado
embora não perca a fé
Muito embora de mim
tudo eu espere
ainda assim
como de toda gente
e nada me seja indiferente
Vale de Salgueiro, quinta-feira, 5 de Julho de 2012
Henrique António Pedro
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