e embora
me não veja
porque
sou mais que imagem
gosto do
que vejo
Porque vejo poesia no meu olhar
e nos poemas que escrevo projecto
a infinita capacidade de amar
a irrecusável predisposição
do meu coração
para se dar
Gosto do que vejo
porque amo de verdade imensa gente
embora assim de repente
apenas me lembre
daqueles que amo mais
Gosto do que vejo
porque amo o Céu
a Terra
a Vida
a Humanidade
Olho-me ao espelho
e embora me não veja
gosto do vejo
Porque sinto no meu peito
que há verosimilhança
na ideia de que fui feito
à imagem e semelhança
de Deus!
Vale de
Salgueiro, sexta-feira, 19 de Novembro de 2010
Henrique António
Pedro
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