Raras nuvens róseas
assinalam o ocaso no céu cerúleo
ainda mal o Sol se
esconde no horizonte
A brisa fresca perfuma-me por dentro com o aroma das tílias floridas
Trago as mãos calejadas
odoradas do alecrim
que ladeia o caminho
e o espírito ustulado de soledade
Não encontro espaço no Cosmos que me contenha
mas sinto que o
Universo cabe inteiro dentro de mim
Este iluminado
telurismo que me anima
é a força cósmica que
me gerou
e cria
Extravaso-me numa
ejaculação de alegria
que é uma encantada
poética liturgia
uma genuína “telurgia”
uma jaculatória de poesia
Oro na quietude do fim do dia
Vale de Salgueiro, quarta-feira,
16 de Junho de 2010
Henrique António Pedro
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