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quinta-feira, 23 de maio de 2024

Poema pão

 


A todo o tempo

e por toda a parte

 

Por terras de amor

de vício e de dor

por onde a vida se reparte

 

Na paz ou na guerra

no ar, no mar ou na terra

sempre um poema germina

uma seara de poesia cresce

cobre os campos de fantasias

e de alegrias

de papoilas e de malmequeres

e porque não

de melodias e frutos silvestres

 

Até no pântano mais escuro e fétido

ganha crédito Lotus, a flor luminosa

e perfumada

floresce

esplendorosa

 

Não só do pão amassado com o suor do rosto

ganha salvação a Humanidade

mas também do poema pão da verdade

que do nascer ao sol posto

alimenta o coração

 

 

Vale de Salgueiro, sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009

          Henrique António Pedro

 

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