Adrede
caminho
a esmo
Deixo
que seja o vento
a
traçar-me o caminho
a
tecer a rede
a
tramar-me o destino
Avanço
assim
mesmo
sem
rumo
Ora
por veredas que caiem a prumo
nas
arestas da montanha
ora
em terreno plano
Interno-me
na floresta
do
que me resta
de
espírito lhano
A
minha alma não sei por onde anda
à
minha vontade
tanto
se lhe dá
Caminho
por aí
sem
sair daqui
nem
por ir além
Ao
deus-dará
Vale
de Salgueiro, quinta-feira, 14 de Outubro de 2010
Henrique António Pedro
In
“Anamnesis” (1.ª Edição: Janeiro de 2016)
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