Preso em prisão de paredes de pedra, de água e de ar
opacas, translúcidas, vaporosas
escuras, luminosas, ofuscantes
frias
escaldantes
crepitosas
Sem poder fugir para outro lugar
que não seja para dentro de mim
mergulho em mar de angústia
num oceano de dúvida
na dúbia sensação
deste angustiado aperto de coração
Enredado nas teias de Absoluto
tecidas do Infinito irresoluto
procuro entender a Verdade
e alcançar a Felicidade
na fé fugaz da Eternidade
O Universo é a minha prisão
cujas grades de dor e ilusão
tento em vão
forçar
com amor
e arte
Condenado à morte
forço a sorte
faço a minha parte
abro janelas de esperança
na minha mente de criança
Apenas sei
que só por Cristo Ressuscitado
poderei ser resgatado
Vale de Salgueiro, domingo, 12 de Dezembro de 2010
Henrique António Pedro
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