Dentro de mim não há céus
nem estrelas
nem galáxias
nem infernos
Dentro de mim
sob a minha pele
há apenas ossos
músculos
vísceras
veias
nervos
e nada mais que releve
No meu coração flui apenas sangue
e não ódio
ou paixão
No meu cérebro nem uma agulha se intromete
tão pouco o vazio
o nada
de que nada sei
Mas dentro de mim abre-se uma janela larga para
Deus
por onde o espírito
entra
e sai do meu eu
mesmo de olhos fechados
de ouvidos tapados
e de tacto entrapado
Deus mora dentro de mim
e não no Céu
Vale de Salgueiro, segunda-feira, 6 de Dezembro de
2010
Henrique António Pedro
in Introdução à Eternidade (1.ª Edição, Outubro de 2013)
Sem comentários:
Enviar um comentário